miércoles, 28 de julio de 2010

Amigos - happy friend's day (delayed)

Estou de volta a Salvador depois de dias maravilhosos em São Paulo. Não fiz nada de extraordinário. Não fui a nenhuma grande exposição, não vi um filme ou uma peça de teatro que tenham me emocionado, não estive em nenhum mega evento e nem em um show com algum artista internacional. Opções de lazer que São Paulo é um dos melhores lugares para se viver. Não fiz nada disso, mas comi muito bem, em restaurantes e nos lares aconchegantes de alguns amigos e meus dias foram deliciosos porque a natureza me agraciou com dias ensolarados e quentes em que foi possível ver um céu azul anil durante o dia e um luar nas minhas noites de alegria. O bom tempo deu clima perfeito, contradizendo a meteorologia que dizia que a frente fria chegaria no final de semana. Mas a essência da felicidade desses dias foram as pessoas. Encontros e reencontros com velhos e novos amigos que me fazem sentir afortunada.
Abençoada por ter relações de amizades de tão longa data com pessoas que o tempo e a distância não transformam em ausência.
Feliz por sentir que mantenho laços antigos com a mesma facilidade que faço novos e que surpreendentemente os novos já parecem de tempos remotos, já se tornando parte da minha vida e do rol das pessoas que quero bem e quero estar. Não que eu faça amizade e seja amiga de "todo mundo", isso vale pouco na real. Mas gosto de cultivar e abrir os horizontes para pessoas que tem o que dizer e sabem escutar.

O tempo passou sem ansiedade, claro que gostaria de ter ficado mais dias e mais tempo com cada um dos amigos, mas o tempo foi intenso, verdadeiro e divertido.
Ah! quanta risada dei durante esses dias. Quantas histórias contei e ouvi. Quanta saudade matei para já voltar a sentir.
Não consegui estar com vários amados amigos, mas prometo, agora que deixei de ser catalana para ser baianinha, que irei mais vezes a São Paulo e que os amigos do Rio, Curitiba, Porto Alegre aguardem que qualquer hora também apareço por essas bandas.

Então esse texto é só para deixar registrado meu obrigada ao carinho de todos os amigos, os que encontrei e os que esse encontro está por acontecer. Aproveitando que dia 20 foi dia do amigo, e que todo dia é um bom dia para dizer as pessoas o quanto ela são importantes em nossa vida e deseja-las felicidades.
Besossss y abrazosss
Quel

jueves, 15 de julio de 2010

Tudo pode dar certo

Tenho estado atenta as minhas emoções e quando um sentimento de angustia, ansiedade e preocupação, que são todos facetas disfarçadas do medo, querem ganhar vida dentro de mi, eu simplesmente aborto.
Ultimamente vinha percebendo uma ponta de preocupação relacionada a um artigo que tenho que escrever. A princípio o tal trabalho tinha um prazo longo, parecia perfeitamente tranquilo desenvolve-lo naquele período, mas o tempo foi passando e eu tinha o tema do artigo, mas não encontrava o objeto de estudo que me despertava motivação em investigar e ai, o prazo agora ficou curto.
Ontem depois de muito navegar pela internet e pesquisar, me rendi a mais um dia sem encontrar o foco da pesquisa e uma vez mais senti a tal da preocupação e ansiedade dialogarem com o meu ego.
Sem censura disse a mim mesma que o melhor seria dormir, mentalizar positivo, e viver o poder do Agora, que naquele momento era um sono reparador.
Hoje pela manhã, em minhas visitas rotineiras as mídias sociais, encontro um link de meu interesse no twitter, que me leva a outro link e mais outro, e pimba! Lá estava a experiência que faltava para completar o que queria investigar e escrever.
E a partir daquele instante, uma sensação já conhecida estava (e esta) presente em mim. Tudo vai dar certo!
O que fez minha cabeça linkar outro pensamento, o novo filme do Woody Allen "Whatever Works", ou traduzido aqui no Brasil como "Tudo poder dar certo".
Desde que li a crônica de Martha Medeiros sobre o filme há alguns meses atrás fiquei com uma enorme vontade de assistir e há dias venho ensaiando pegar a matinê, porque aqui em Salvador só tem um cinema passando e no horário da tarde.
Os últimos filmes que vi de Woody Allen me agradaram justamente pela leveza, o humor e verborragia continuam presente, mas a filosofia é mais simples e não menos reflexiva.

Boris, o protagonista mal humorado da obra já avisa por onde o filme caminha com as frases no inicio: “As pessoas tornam a vida pior do que é preciso”, “Às vezes, os clichês são a melhor forma de dizer as coisas”. Mas a idéia do filme se completa com o que a Martha expõe em sua crônica, para ela Woody Allen se havia dado alta.
“Em seus filmes anteriores, mais ricos e consistentes em questionamentos existenciais, o diretor parecia dizer: “Não há cura”. Em sua resignada fase atual, ele parece dizer: “Não há doença”. O diretor está apenas confirmando que não temos nenhum domínio sobre os mistérios que nos rondam e sobre as experiências nunca testadas. Então, não importa o que façamos, o risco de dar certo é o mesmo de dar errado, e, até quando parece que dá errado, funciona. Qualquer coisa funciona".

E eu complemento as palavras de Martha. O deu errado, é um deu certo de outro modo. Whatever works!

Volto para minha rotina, de investigar e escrever, com a certeza que é besteira ter certezas, que o caminho certo, seja o do meu artigo ao qualquer outro é aquele em que eu me sinta bem.

Besos e axé!
Raquel