domingo, 8 de febrero de 2009

Pra lá de Marrakech - parte IV


Caros amigos leitores, os pouparei dos detalhes do fatídico dia passado em função da busca da mala trocada.
Resumo dizendo que tudo que era possível fazer, e muito mais, foi feito na intenção de encontrar a bagagem, e mesmo assim, o dia passou sem que a dita cuja aparecesse. Todos eram unânimes em dizer que era a primera vez que viam um caso de mala trocada, o que complicava ainda mais a história. E vocês já ouviram algo parecido? Que a identificação de outra pessoa acabe parando em sua mala e a sua na mala de outro alguém? Já havíamos mal gastado o dia por conta desse infortúnio, sem poder fazer mais nada em relação ao assunto, resolvemos não desperdiçar a noite.
E na “High Society” de Marrakech fomos parar, um lugar com pessoas bonitas (ocidentais e orientais) e uma decoração lindíssima que misturava o tradicional e o moderno daquela cultura, com um toque internacional, porque começamos a noite tomando caipirinha e mojito.

Depois nos deliciamos com a comida, esse foi um dos meus maiores prazeres durante toda a viagem.
Sinto minha boca salivar só de lembrar do gozo de meu olfato e paladar por tão sublime comida.
A casa ainda oferecia shows com lindas mulheres e seus suntuosos e agéis ventres. O público estava enlouquecido pelas dançarinas, e a agitação era muita. Falando em público, faço um aparte para contar o que vi e me surpreendeu a respeito das mulheres.
Primeiro, fora dos âmbitos daquele lugar, melhor dizendo em qualquer lugar por onde andei em Marrakech era comum ver mulheres viajando sozinha.
Eu sempre alimentei a vontade de ir à Marrocos, mas todos me diziam que não deveria ir sozinha ou com uma amiga e que a presença de um homem se fazia necessaria.


Bobagem! Vi muitas mulheres viajando sozinha ou acompanhadas por uma amiga. Agora voltando ao restaurante boate, observei vários grupos de jovens mulheres árabes solteiras, na verdade nesse lugar, para meu espanto, havia mais mulheres que homens. Será isso sinal que as mulheres árabes estão batalhando mais por seu espaço na sociedade e pelo direito de se divertir? Depois de bebermos bem, comermos ainda melhor, rirmos, dançarmos, conversamos um pouco sobre tudo e sobre a mala (não aguento mais!!!), posarmos para as fotos, saímos dali e fomos a um cassino.
O tio Paulino é fanático por um cassino, e não podia deixar de dar uma passadinha para conhecer e jogar, é claro. Para mim, não era o fim de noite ideal, já que não gosto de ver pessoas jogando por dinheiro, eu então, nem pensar!!!
Como não fizemos coro a jogatina, o tio Paulino logo desistiu de seu vicio, e óbvio, também porque estava perdendo dinheiro… trocamos as mesas de apostas, pela aposta certa de nossas camas.
Eu estava contente que aquele dia havia acabado, que a noite havia sido muito melhor que o dia e sentia que o dia de amanhã seria ainda melhor, era o nosso último dia e iríamos fazer uma passeio pelo Vale de Ourika e conhecermos mais sobre a cultura Berbere. E quem sabe a mala não aparecia e a viagem realmente poderia ter "happy end". ...continua...

A todos um ótimo domingo e começo de semana!

Besitossss Quel

1 comentario:

Marcos Santos dijo...

É como meu pai dizia. "Uma boa barriguinha tem o seu valor"