Quero um 2009 diferente de 2008, melhor em alguns aspectos, pior em outros, porque assim sempre é. Sobre tudo quero que seja de experiências e aprendizados distintos ao ano que se encerra. Pensei que para atrair essa vibração podia ser interessante e positivo começar o ano com uma energia diferente, com a energia de um país dissímil ao Brasil e a España. Por isso aceitei ir a Marrocos. Chegamos dia 31 de dezembro em Marrakesch, o tempo não era nada acolhedor, frio e chuva. Eu me sentia extranha, pesada. No caminho do aeroporto ao hotel tudo tinha o mesmo tom, toda cidade é terracota. Estranho.
O meu sentido do alfato logo percebeu que havia novos olores a experimentar. Tudo tinha cheiro e todo cheiro parecia mais intenso. Assim que nos instalamos no hotel, resolvemos explorar a cidade. A chuvinha não convidava, mas seriam apenas quatro dias nessa cidade e era preciso aproveitar bem. O hotelzinho não foi bem escolhido, pensávamos que estava mais central. Era preciso meia hora de caminhada até chegar ao coração de Marrakech, a praça Jema el Fnaa. Tentava disfrutar da caminhada mas não conseguia relaxar. Esperava exotismo do Marrocos, porém quando cheguei a praça não estava preparada para aquela babilônia. Uma vez mais sinto um olor forte, mas esse é conhecido, estrume de cavalo. Há várias carroças para transportar turistas. Passo por elas tentando segurar a respiração. E diante de mim o caos. Homens se exibindo com serpentes. Uns pobres macaquinhos acorrentados à mercê de seus donos que os exibiam ao lado dos turistas, a troco de uns Dirham (dinheiro marroquino), barracas de comida que serviam cabeça de camelo e outras iguarias, mulheres lendo a sorte, homem vendendo dentes e dentaduras. Falatório muito falatório.
O meu sentido do alfato logo percebeu que havia novos olores a experimentar. Tudo tinha cheiro e todo cheiro parecia mais intenso. Assim que nos instalamos no hotel, resolvemos explorar a cidade. A chuvinha não convidava, mas seriam apenas quatro dias nessa cidade e era preciso aproveitar bem. O hotelzinho não foi bem escolhido, pensávamos que estava mais central. Era preciso meia hora de caminhada até chegar ao coração de Marrakech, a praça Jema el Fnaa. Tentava disfrutar da caminhada mas não conseguia relaxar. Esperava exotismo do Marrocos, porém quando cheguei a praça não estava preparada para aquela babilônia. Uma vez mais sinto um olor forte, mas esse é conhecido, estrume de cavalo. Há várias carroças para transportar turistas. Passo por elas tentando segurar a respiração. E diante de mim o caos. Homens se exibindo com serpentes. Uns pobres macaquinhos acorrentados à mercê de seus donos que os exibiam ao lado dos turistas, a troco de uns Dirham (dinheiro marroquino), barracas de comida que serviam cabeça de camelo e outras iguarias, mulheres lendo a sorte, homem vendendo dentes e dentaduras. Falatório muito falatório.
A chuva deu uma trégua. Procuramos por um restaurante que tínhamos a indicação que servia a melhor comida da cidade. A intenção era fazer um reserva para passar o reveillon. Para chegar ao restaurante foi preciso literalmente enfiar o pé na lama. A rua não tem calçamento e as chuvas transformaram tudo num lamaçal. Olhamos o menú do que seria servido naquela ocasião e nos pareceu muito bom. Olhamos o preço do menú do que seria servido naquela ocasião e nos pareceu muito caro. De volta a rua, de volta a lama.
Começava a me questionar se havia feito bem em sair da minha casinha… A chuva voltou a cair ainda mais forte. O jeito foi dar uma paradinha estratégica e aproveitar para comer. Um restaurante simples que serve comida marroquina, mas tem sua maioria de clientes estrangeiros parece uma boa opção. E realmente foi! O olor dos pratos me fez salivar. Pedimos cuscus de carne e verduras, e tajine de frango ao molho de limão. Ambos deliciosos!!! Sentindo-me melhor apreciei a praça e suas criaturas, começava a me acostumar com aquele “ser”. Tentamos fazer reserva em mais alguns restaurantes, e nada. Eu queria voltar ao hotel e ficar quietinha, introspectiva, rezando e agradecendo o ano que havia acabado, me conectando com as pessoas que eu amo e estavam tão longes, me enchendo de bons sentimentos e pensamentos para o ano que em breve se iniciaria. Meu namorado, por outro lado, queria um jantar especial, diferente, algo marcante, bem marroquino, com música e dançarinas se possível. Voltei ao hotel para descansar e ele seguiu em sua missão de encontrar o seu lugar idealizado para essa noite.
...continua... Besitos Quel
1 comentario:
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