jueves, 6 de mayo de 2010

O livro de sua vida - Dançando para aprender a viver


Dançando ela pensa em escrever um livro. Na verdade ela já pensou várias vezes. Já pensou em livro acadêmico, de viagem, de fotos, mas ela acha que o melhor mesmo seria um livro da sua vida. Ela poderia sentar e começar escrever agora mesmo. Afinal histórias para contar não lhe faltam. Imagens de um filme bem acelerado passam em sua mente.
Quantas histórias na mesma história. Histórias que se fecham e voltam a se abrir. Histórias com começo estranho e final bacana. Histórias que eram conto de fadas, virou filme de terror, e depois animação em 3D.
Histórias de suspense, de superação, e claro muito romance! Porque se tem um coisa que ela não desiste é do amor.
Ai quantos amores e desabores essas menina-mulher já teve.
Podia estar casada, separada, viúva e com filhos. Mas não, ela está solteira e se sente bem, se sente livre, jovem e também madura.
Está com toda vontade de arriscar, seja num novo romance, numa nova cidade e num trabalho diferente, ou seja ficando só, na mesma cidade e com a mesma atividade.
Ela quer arriscar querer e conseguir mais, de tudo! Alias, isso para ela nem é arriscar, é seu estado de espírito natural. A diferença de agora é que ela se arrisca com o mesmo peito aberto, mas qualquer imprevisto, ou surpresa, ela tem um plano B, ela aprende a lição mais rápido e continua em frente.
Claro que ela olha para trás, na verdade ela faz isso bem frequentemente, porém só como ponto de referência para o momento atual e para melhor seguir fazendo planos e alcançando metas.
Acho que ela herdou isso do pai, da profissão dele. Profissionalmente, ela acabou tomando um rumo bem diferente do seu progenitor, mas leva muito dele em suas atitudes.
E o que falar do que ela traz da mãe. Caramba, elas são uma em duas, ou duas em uma? Vou usar uma metáfora literalmente bem pobre e infantil. Sabe aquele chiclete ping pong 2X1 (nem sei se existe mais, há tempos só masco chiclete sem açúcar) - Dois sabores no mesmo chiclete. Tipo morango banana, melão com laranja, marshmallow e Coca Cola... quando você coloca na boca da para sentir os dois sabores e conforme você vai mastigando os gostos vão se misturando. Assim, é ela e su mamazita, com a vantagem, que diferente do chiclete, elas não perdem o gosto quando o tempo passa.
Ela ainda leva atitudes que foi colhendo ao longo da vida, com seus irmãos, amigos, mestres e aquelas pessoas estrategicamente colocadas no universo e com aquelas que ela nem se da conta, características de suas personagens favoritas e de gente anônima do dia a dia.
Mas voltando a pensar no pensamento dela, ela divaga em como poderia começar seu livro, há tantas maneiras...
Em que momento da história ela começaria a narrar? Começaria com o momento presente ou com o passado?
Nada muito certinho, agora não se usa mais narrativa linear, nada contra, acho que tanto em roteiro de filme, como em enredo de um bom livro, o clássico, começar pelo começo, o meio é onde o conflito é gerado e o final é o desfecho, nunca vai ficar fora de moda, quando se tem uma boa história nessa estrutura e bons personagens. Porém muito provavelmente, ela vai vai narrar de maneira mais desconstruida, porque é assim que as imagens de sua história vão aparecendo em sua cabeça e o leitor com sua subjetividade interpreta como quiser ou conseguir. Desculpe o óbvio, mas a história de alguém não começa no dia em que ela nasce e não termina no dia que ela morre.
Bom, o livro ainda não vai sair, porque antes de apresentar o quebra cabeça para vocês, ela precisa resolver algumas questões, encaixar algumas peças, jogar mais de aprender a viver.
No caso dela, acho que me expressaria melhor dizendo:
Ela vai continuar dançando para aprender a viver e contar.

12 comentarios:

Unknown dijo...

Uma alegoria da vida: dançar. Não conheço outra melhor. Assisti a um filme chamado "O Baile", e conta a vida das gerações, da cidade e das pessoas através de um simples, extraordinário e riquíssimo salão de baile. E colocou em forma de corpos, cores e passos o enredo da sua narrativa.
Linear, desestruturada não importa. Importa é deixar o ritmo assumir o comando e o corpo dançar, sem pensar.
E foi como este post foi elaborado e será lido. Dance: aprenda e ensine a viver.Besitos.

Lau Milesi dijo...

Olá Quelzinha! Interessante,que ao começar a ler seu post,lembrei, também, do filme "O Baile", que o amigo Djabal cita.
"Você" já é o livro, amiga querida.Um "bestseller" de emoções, minha linda. Vamos lá, quero fazer o lançamento desse livro...e aqui no Rio.[rs]
Um beijo e obrigada pelo carinho lá no Renascendo.
Um beijo pra sua "mamazita" pelo nosso dia.

Alberto Marlon dijo...

Ter pés de dançarino(a) e bailar ao som das diferentes melodias que a vida, e nossas ações, nos traz.
Um livro, sim, um livro. Se pudéssemos, todos, sintetizar a nossa aventura existencial em caracteres, tinta e construções gramaticais, a humanidade teria um acervo infinito de cores, dores e amores... Ao menos temos alguns que, por sensibilidade nata e por dominar a técnica da escrita, cristalizam seus passos de bailarino(a) em uma obra, enriquecendo, destaforma, o acervo humano. Pelo que vejo você se encontra entre estes alguns. Continuarei lendo o blog e - me perdoe a ousadia - comentando.

PS - Ah, te encontrei através da comunidade "Jornalismo Gonzo".

Ricardo e Regina Calmon dijo...

Amadérrima minina Quel,sôdade danada docê sô!
Comentário teu foi um presente for me!
vc é uma mãe,Quel!

te amoooooooooooooooooo minina!

viva la vidaaaaaaaaaaaa

João Esteves dijo...

Pois então, Quel?
Ela dança e joga o jogo de aprender, que legal. E quer escrever seu livro. Meu palpite é que acabará se decidindo por uma forma e empreendendo mais esta avantura. Palpite de cujo resultado provavelmente terei notícia aui mesmo, certo?
Que posso dizer? Tome seu tempo, no seu ritmo, do seu jeito, e escreva então seu livro.
Fico aqui só na torcida, claro.

Salete Cardozo Cochinsky dijo...

Hola Quel
Fantástico texto. "ELA" traz uma idéia inédita, "dançar para aprender a viver e escrever um livro para deixar como legado.
Construções e desconstruções em movimento. Vale a criatividade e a ousadia. Sem esses elementos tudo fica monótono demais.
Beijos
Não te esqueço não. só estou passando por um momento, que não sei até quando vai, (Em função de um acidente de automóvel com vários traumatísmos e os mais graves costela que perfurou o pulmão e craniano de um irmão mais jovem que eu, que aconteceu em janeiro, nós da família necessitamos nos dedicar a ele e a nossa mãe.
+ um beijo e meu carinho
Salete

Raquel dijo...

Djabal querido, dançar para aprender a viver, deixando o ritmo assumir, dançar sem pensar, uma forma de meditaçao e de comunhão com o universo.

Besossss

Raquel dijo...

Lau, muchisimas gracias pelo "bestseller". Quem sabe ainda lanço esse meu livro da vida, e vou querer o apoio da minha amiga carioca, super RP ai no Rio...hehehe
Parabéns mãezona (e vovó) linda!!!
Besosss

Raquel dijo...

oi vc, do "crônicas conquistenses", de graça Alberto Marlon, obrigada pela primeira visita e comentário, seja bem-vindo e sinta-se muito a vontade para comentar sempre!

Raquel dijo...

Ricardão do meu coração, vc acerta sempre em cheio, sou mãe sim, não por ter gerado algum filho, mas sou mãe de amigos, da minha mãe, da minha irmã, dos meu bichinhos, pois tenho coração de mãe, aquele que sempre cabe mais um para amar.
E vc tem lugar especial nele!
Besosssss

Raquel dijo...

Oi neo-orkuteiro, obrigada pelo apoio e torcida! Certamente o dia que tal livro sair, os amigos de aqui serão os primeiros a saber/conhecer tal aventura.
Besosss

Raquel dijo...

Saletita, amiga minha, eu danço e vc pinta, e ambas amamos muito, uma a outra e nossas famílias e assim vamos aprendendo a viver.
Seu na torcida que seu irmão melhore e que a familia se fortaleça nessa experiência.
Beijossss na sua alma de artista!