
Quantas vezes não pegamos um desvio de percurso e ao caminhar por essa trilha, queremos apenas andar o necessário para voltar ao trajeto original, planejado para chegar ao destino almejado.
Porém, outras vezes, ao pegarmos algum desvio, nos surpreendemos com a beleza do caminho e por decisão racional ou emocional vamos permanecendo neste novo trajeto, observando os detalhes da paisagem e refletindo ou sentindo, se o tal desvio não devia se tornar o caminho principal.
Há aqueles que jamais pegam um desvio. Estes podem evitar ver seu plano alterado, e com isso evitam se sentirem perdidos e correr o risco de não alcançar a linha de chegada visualizada, mas também podem evitar descobrir que a vida é muito maior e melhor que nossos planos e devaneios.
Não há garantias. Um desvio pode ser o caminho mais rápido ou mais lento de se chegar a um objetivo. Pode ser o reforço do objetivo já traçado ou pode ser reconstrução total da meta pensada. E às vezes, o desvio não interfere no ponto final, mas apenas nos faz pensar mais na própria caminhada e esquecer um pouco do “para onde vou” e sentir mais o “onde estou”. Atentamente perceber se os passos dados, a respiração e as batidas do coração estão em paz, em harmonia com o ecossistema em volta. Certamente, um bom desvio, em alguns momentos, deve trazer algo de desritmia. É que sem emoção a razão é tão chata. O importante é encontrar o ponto de conforto quando se está em território desconhecido. E se você descobre esse ponto de paz, então não importa se você esta no desvio ou na estrada principal, você está no caminho certo.
Besitosss e boa caminhada a todos!
Quel

Raquel Gomes de Oliveira
@comuniquel